sexta-feira, 13 de novembro de 2009

DIALÉTICA

A dialética em sentido amplo é a arte de raciocinar, de argumentar ou discutir.
Enquanto tal já a encontramos na filosofia clássica. Na Antigüidade
ela é a arte da demonstração e da refutação, principalmente porque se trata
da arte de discernir o verdadeiro do falso. É uma argumentação que está
bem próxima dos argumentos lógicos e por isso se apóia no princípio de
contradição da lógica: a mesma coisa não pode ser e não ser, ao mesmo
tempo. Isto é, A não pode ser ao mesmo tempo não-A. O que é, é. (Unimes Virtual)

NATURALISMO




Concepção filosófica que não admite a existência de
nada que seja exterior à natureza, reduzindo a realidade
ao mundo natural e a nossa experiência deste.
O naturalismo recusa, portanto, qualquer elemento
sobrenatural ou princípio transcendente. (JAPIASSU,
1996, p. 192)

A filosofia mundana, que exclui Deus leva o homem ao abismo, as trevas, apesar do ar formal de intelectualismo, é burrice, é cegueira. Nesta linha esta a filosofia do naturalismo que assemelha o homem aos animais, como fez Darwin. O cristianismo, ao contrário, fala do homem como criatura elevada, semelhante a Deus, ainda que muitos desta espécie têm se aliado ao Diabo, como os próprios criadores e defensores do naturalismo...



" A tendência naturalista surge a partir das influência dos estudos científicos em desenvolvimento. A concepção racionalista de um mundo cujas partes poderiam ser estudadas e explicadas através de leis objetivas influencia uma postura artística voltada para a análise do homem como um objeto científico a ser estudado e dissecado."
(http://www.redeeduca.com.br/assuntos_quentes/visualizar/realismo_x_naturalismo.wsa)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

FILOSOFIA NÃO É CIÊNCIA

Segundo Jaspers, a filosofia não tem objeto. "Querer
apontar-lhe um, a não ser em sentido metafórico,
seria identificá-la desastradamente com as ciências
que, para existir, necessitam de objeto definido. Nem
se pode afirmar que a filosofia toma por objeto o todo.
O que é um objeto senão aquilo que é posto diante da
atividade de conhecimento, a certa distância do sujeito?
Mas o todo não pode ser posto diante do conhecimento
filosófico como uma realidade distinta. O próprio
filósofo faz parte dele. Qualquer que seja o modo
como eu o compreenda, este todo não se reveste
jamais das características de um puro objeto." (
VANCOURT,R. p. 10-11)


A filosofia não é uma ciência e sim um saber, porque para ser ciência seria preciso que a filosofia tivesse um OBJETO DE ESTUDO, veja por exemplo a astronomia, ela é uma ciência porque ela tem um objeto de estudo que são os astros. A biologia é uma ciência porque ela tem um objeto de estudo que é a vida, A teologia é um SABER porque Deus NÃO é UM MERO objeto de especulação. A filosofia ela a tudo tenta perscrutar, entender, esquadrinhar, não se limitando a um objeto.

EPICURO

EPICURO

“Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse
de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou
demasiado velho para alcançar a saúde do espírito”. (Epicuro, 1997, p.)






"Epicuro, fundador da escola que tomou o seu nome, nasceu em Atenas, provavelmente, em 341 a.C., do ateniense Néocles, e foi criado em Samos. A mãe praticava a magia. Cedo dedicou-se à filosofia, sendo iniciado por Nausífanes de Teo no sistema de Demócrito. Em 306 abriu a sua famosa escola em Atenas, nos jardins da sua vila, que se tornaram centro das reuniões aristocráticas dos seus admiradores, discípulos e amigos. Epicuro expôs a sua doutrina num grande número de escritos, pela maior parte perdidos. Faleceu em 270 a.C. com setenta anos de idade." (http://www.mundodosfilosofos.com.br/epicurismo.htm)

VÃ FILOSOFIA

O apostolo Paulo na Carta aos Coríntios falou para que levemos todo o entendimento cativo à Cristo e em outra oportunidade falou para que não gastássemos nosso tempo com a vã filosofia, perdendo tempo com pensamentos vagos. Todo cristão deve gastar seu esforço mental na obediência a Deus, todavia muitos “sábios” segundo o mundo gostam de ostentar o título de filósofo, estes só conseguem chegar através da filosofia na DÚVIDA, NA INCERTEZA, NO NADA, NA INCREDULIDADE.

Enquanto os cristãos vêem em Jesus a verdade libertadora, os devaneios dos filósofos como BERTRAN RUSSEL só chegam em lugar chamado por eles de DÚVIDA LIBERTADORA. Realmente não sei onde é este lugar. Não é que o cristão sabe tudo, talvez saiba bem menos que os filósofos, mas sua fé em Deus aplaca a ansiedade da sua alma e o faz ter certeza que tudo na verdade está sob o controle de Deus.

Eis o que a vã filosofia tem a oferecer:

“O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado
na sua mesma incerteza. Quem não tem umas
tintas de filosofia é homem que caminha pela vida
afora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivaram
do senso-comum, das crenças habituais do
seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram
no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento
de uma razão deliberada. O mundo tende, para
tal homem, a tornar-se finito, definido, óbvio; para ele,
os objetos habituais não erguem problemas e as pos
sibilidades familiares são desdenhosamente rejeitadas.
Quando começamos a filosofar, pelo contrário,
imediatamente caímos na conta (...) de que até os
objetos mais ordinários conduzem o espírito a certas
perguntas a que incompletíssimamente se dá resposta.
A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao
certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas
dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas
possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,
descativando-nos da tirania do hábito. Embora
diminua, por conseqüência, o nosso sentimento
de certeza no que diz respeito ao que as coisas são,
aumenta em muitíssimo o conhecimento a respeito
do que as coisas podem ser; varre o dogmatismo, um
tudo-nada arrogante, dos que nunca chegaram a empreender
viagens nas regiões da dúvida libertadora;
e vivifica o sentimento de admiração, porque mostra
as coisas que nos são costumadas num determinado
aspecto que o não é. ( RUSSELL, 1977, p. 236)

Russell. Sua filosofia o levou ao ateismo.





A vã filosofia busca respostas para as questões essenciais da vida humana longe de Deus, neste campo só chegaram mesmo nas dúvidas e nas incertezas. Como disse o apostolo Paulo estão sempre estudando e nunca chegam ao conhecimento da Verdade, esta é a filosofia vã. Veja como Jaspers vê a filosofia

“E a verdade o que será? A filosofia busca a verdade
nas múltiplas significações do ser-verdadeiro segundo
os modos do abrangente. Busca, mas não possui o
significado e substância da verdade única. Para nós,
a verdade não é estática e definitiva, mas movimento
incessante, que penetra no infinito.” (JASPERS, 1980,
p. 138-140)

Nós, os cristãos, cremos que a verdade é ESTÁTICA E DEFINIDA, em Cristo toda a busca cessa, a paz reina no coração. A verdadeira filosofia esta na busca da ordem social e no temor a Deus, a vã filosofia é perturbadora, como diz Jaspers em outro trecho:


“Assim, a filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria
dos quais não tem consciência dessa condição (...).
O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à
verdade total, que o mundo não quer. A filosofia é,
portanto, perturbadora da paz.”(JASPERS, 1980)


Antony Szandor Lavey, fundador da igreja de Satanás em São Francisco, nos Estados Unidos também prega uma filosofia “libertadora” dos dogmas e idéias de rebanho típico do cristianismo, seu satanismo é apregoado por Antony como libertador de mandamentos e do autocontrole sobre os instintos. A vã filosofia é o contrário do cristianismo.

FILOSOFIA POPULAR

Não podemos ter preconceito contra a FILOSOFIA porque todos somos filósofos, filosofia é a maneira de ver o mundo. Filosofia é a ideologia, a crença e os conceitos de uma pessoa ou povo.

“Deve-se destruir o preconceito, muito difundido, de
que a filosofia seja algo muito difícil pelo fato de ser
a atividade intelectual própria de uma determinada
categoria de cientistas especializados ou de filósofos
profissionais e sistemáticos. Deve-se, portanto,
demonstrar, preliminarmente, que todos os homens
são “filósofos”, definindo os limites e as características
desta “filosofia espontânea” peculiar a “todo o
mundo”, isto é, da filosofia que está contida: 1) na
própria linguagem, que é um conjunto de noções e
de conceitos determinados e não, simplesmente, de
palavras gramaticalmente vazias de conteúdos; 2) no
senso comum e no bom-senso; 3) na religião popular
e, conseqüentemente, em todo o sistema de crenças,
superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se
manifestam naquilo que se conhece geralmente por
“folclore”.’ (Gramsci, 1987)


Gramsci

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FILOSOFAR

Filosofar é pensar o rumo e a origem das coisas, é refletir o caminho que se deve seguir, filosofar é procurar entender o porquê das coisas, é questionar o universo, Deus, os homens e a natureza. Filosofar na educação é procurar o melhor caminho para alcançar o conhecimento e para educar os homens


A leitura ajuda a refletir sobre a vida



Pensar as coisas e como elas devem ser feitas foram atividades exercidas por muita gente que entraram para história por questionarem a alma humana e o universo. Mas em um sentido mais restrito cada um filosofa o caminho da sua vida. Quem não pensa sobre si, é pensado pelos outros, como bem disse Carlos Luckesi. Não existe vida sem filosofia, porque tudo gira em torno do pensamento, uma empresa não se inicia sem que ela primeiro fosse pensada e idealizada, e quem pensou uma empresa, ele ficou matutando o que faria, como faria, para quem faria e porque faria. Qualquer empreitada na vida é baseada em uma filosofia de vida. Estou no curso de história porque antes eu filosofei, fiquei pensando o que eu queria para mim e quis fazer um curso universitário, continuei pensando e ao mesmo tempo em que me perguntava do que gostava, procurava oportunidades no mundo exterior para que pudesse casar o pensamento interior com a oportunidade exterior. Após avaliações e critérios pessoais cheguei a conclusão que deveria fazer o curso de História, isso é filosofia. Se eu não pensasse o que queria para mim, ninguém iria fazer isso por mim. Nisso vale o ditado popular: “cabeça que não pensa, corpo padece.”





A filosofia é um ramo da ciência do pensamento como a ética é fruto da reflexão e das suas conclusões se institui normas morais, a pratica destas normas transformam-se com o tempo em costumes.



Concluímos que quem filosofa tem mais chance de ser senhor do seu destino e não fica a espera das decisões dos outros, seja os pais, governantes ou cônjuge. Concluímos que a educação é na filosofia um meio e um fim. A educação é o meio de transformar o homem, como também tornar o homem educado é uma finalidade.

sábado, 3 de outubro de 2009

ESSENCIALISMO

o essencialismo como parte da filosofia da educação e esta é minha linha principal, lógico, aproveitando o que as outras tem de bom.

Não podemos tapar o sol com a peneira.

Se não trabalharmos a moral e a espiritualidade na criança, desde a tenra idade, ensinando-lhe valores éticos que irão contribuir no fortalecimento do seu caráter, estaremos construindo o quê?

Gênios do mal?

Médicos pedófilos?

Políticos corruptos?

Administradores ávidos?

Jornalistas sem escrúpulos?

Educar é preparar o homem espiritualmente, psicologicamente, culturalmente e fisicamente para viver em sociedade.

Quem lê o que escrevo deve achar-me um "buda", um "profeta", não sou melhor do que as pessoas que estão em minha volta, mas poderia ter sido pior se não tivesse uma educação disciplinada até a 4a série em colegio de Freiras...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

AS FILOSOFIAS DA EDUCAÇÃO

Nos estudo da filosofia da educação podemos identificar 5 perspectivas filosóficas sobre o direcionamento que pode ser dado a educação, sendo estas cinco perspectivas ministradas no curso de Filosofia da Educação como as que seguem abaixo, com um breve comentário sobre seus conceitos:

Perspectiva positivista

A educação positivista presta-se a divisões onde se estabelecem
áreas: exatas, humanas e biológicas, onde as “científicas”
são privilegiadas em detrimento das “humanas”.


Perspectiva histórico-social
Na perspectiva histórico-social, a educação é concebida
como processo individual e coletivo de constituição
de uma nova consciência social e de reconstituição
da sociedade pela rearticulação de suas relações
políticas. (SEVERINO, 1994, p. 35)


Perspectiva naturalista
O naturalismo também é, uma
Concepção filosófica que não admite a existência de
nada que seja exterior à natureza, reduzindo a realidade
ao mundo natural e a nossa experiência deste.
O naturalismo recusa, portanto, qualquer elemento
sobrenatural ou princípio transcendente. (JAPIASSU,
1996, p. 192)

Perspectiva Reconstrutivista
Os reconstrutivistas entendem que escola e os educadores devem eleger
planos de ação que possam reformar a sociedade. Para tanto, procuram
aplicar o príncípio Deweyano da “reconstrução da experiência”


Perspectiva essencialista
O homem, nessa perspectiva é um ser educável. Sua
essência é a racionalidade. Trata-se, portanto, de uma educação dirigida
ao espírito.
Podemos destacar como principais representantes desta filosofia educacional
os filósofos Platão (428-347 a.C.), Aristóteles (384-324 a.C.),
Agostinho, (354-430 d.C.) e Tomás de Aquino ( 1227-1274 d.C.).


FILÓSOFO ARISTÓTELES

CONTRA O NATURALISMO
Ao meu ver, das cinco perspectivas a que menos me atrai é a Naturalista, porque não enxergo desenvolvimento humano, sem o desenvolvimento moral e espiritual. Se cremos que a vida se resume somente nas coisas visíveis e conhecidas pelo tato, pelo laboratório, pelo tangível, somos os mais miseráveis seres existentes no universo. E se não existe nada além desta vida “visível” justificasse todos os crimes para suplantar o próximo e para conquistarmos nossas metas sem se importar com o próximo.

SOU ESSENCIALISTA

Não existe desenvolvimento humano, paz, solidariedade sem o devido preparo do homem como um ser completo, e o homem completo é aquele expresso nos ensinos aristotélicos, agostiniano e obviamente na doutrina cristã da TRICOTOMIA, ou seja, o homem é composto de três parte: “soma” (corpo), “psique” (alma) e “pneuma”(espírito).


O ESSENCIALISMO DE AGOSTINHO DE HIPONA

A educação perfeita visa preparar o homem fisicamente (corpo), psicologicamente (alma) e religiosamente(espírito). Portanto, no meu ponto de vista, jamais deveria ter saído do curriculum escolar às aulas de religião. É óbvio que sendo cristão fundamentalista, gostaria que a sociedade fosse regida pelo PENTATEUCO.

Mas sou coerente e vivendo em uma sociedade pluralista, poderíamos avançar para um consenso sobre o ensino de religião apenas no tocante aos fundamentos e princípios que são análogos a todos os credos. Isto quer dizer que; se na aula de religião fosse ensinado para os alunos que eles devem ser mais solidários com o próximo e menos egoísta, estaríamos em consenso com todos os credos.

A doutrina do castigo vindouro para os maus que de uma forma ou de outra existe em todas as religiões poderia ser ensinada de forma abrangente para mostrar aos alunos que suas más ações terão conseqüências, se não nesta vida, mas no além. Isto também está compatível com o cristianismo, espiritismo, islamismo, catolicismo e os demais “ismos”.

O RECONSTRUTIVISMO, POSITIVISMO E A PERSPECTIVA HISTÓRICO-SOCIAL

Possuem ideais que também podem ser aplicados simultaneamente com o essencialismo, pois mesmo havendo diferenças entre estas perspectivas filosóficas da educação, elas são compatíveis. A educação é como um computador, programas (software) compatíveis podem ser operados pelo mesmo sistema (hardware).

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

JEAN-PAUL SARTRE

TRANSFORMANDO AS EXISTÊNCIAS SEGUNDO SARTRE





Algumas frases de Jean-Paul Sartre servem como base pra este discurso sobre transformação do mundo em nossa volta pela nossa formação. Abaixo, selecionei 5 frases de Satre para meditarmos:

1 - "Por mim, creio que estamos mortos há muito tempo: morremos no exacto momento em que deixamos de ser úteis."

Quando deixamos deser útil para a sociedade, somos um peso morto sobre a fase do planeta, devemos enche nossa vida de significado.

2 - "Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos."

Muitas vezes temos metas e ideais magníficos, mas não fazemos aquilo que pretendemos, mas o mal que não queremos, este praticamos, por um gesto de grosseria, por um pré-jugamento, por indolência, mas, enfim, seremos reponsabilizados pelos que somos.


3 - " Cada homem deve inventar o seu caminho."

Há um momento na vida em que devemos nos perguntar: O que estou fazendo neste mundo? Para que sirvo? Cada um deve, de fato, buscar se encontrar na vida.


4 - "O que não é terrível não é sofrer nem morrer, mas morrer em vão."


Você já pensou que os grandes personagens da história foram aqueles que lutaram por um ideal humanitário até a morte, com exceção da história política do mundo que nos obriga a estudar sobre reis, reinos. Os grandes homens viveram e morreram por ideais elevados como Jesus Cristo, Gandhi, Tiradentes. Mas, morrer por um ideal não é elogiável, se este ideal não servir o próximo. Assim ser um kamikase ou um muçulmano fundamenalista e terrorista não é glória para ninguém.



5 - "A experiência mostra que os homens vão sempre para baixo, que é preciso corpos sólidos para os conter."

Esta frase de Sartre fala da natureza pecaminosa e tendenciosa aos vícios que empesteiam nossa alma e que sempre nos arrasta para o fundo, para o poço. A lei serve com corpos sólidos para nos conter. No meu entender o homem é mau por natureza e é preciso viver sobre medo e ameaça de punição para conter o nossos instintos selvagens. A vida humana é um conter-se constante, controlar a ira, a inveja, a preguiça, a cobiça, a covardia. Temer é um corpo sólido...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DETENTORES DE CONHECIMENTO

Os filósofos reconhecidos por deterem conhecimentos específicos são chamados na sociedade moderna de doutores e peritos. Quando alguém alcança um grau de conhecimento acadêmico ele é chamado de DOUTOR e quando alguém exerce uma função pública ou privada que o gabarita a ser entendido em um assunto ele é chamado de PERITO. O pensador Hameline questiona aqueles que detêm os três títulos com o seguinte discurso:


DOUTOR





“A realidade não é retilínea.
A ação na educação e formação do professor é ação humana
que ao mesmo tempo em que concentra também se dispersa.
“E a diferença de um e de outro caráter não é a ordem do mais
bem ou menos bem. A única imoralidade – mas que é, ainda, mais simplória
– é a idolatria do retilíneo” (HAMELINE, 1979, p. 201). É nessa ação contraditória,
real e concreta, que se dá a instrução, o conhecimento. É a ação que
“induz o ator a tornar-se ‘conhecedor’” (HAMELINE, 1979, p. 202).
O conhecedor, contudo, se apresenta em três modalidades: doctus, peritus
e sapiens. É a essas modalidades que se deve estar atento para que não
se caia na desmedida. “Portanto um risco de desmedida paira por várias
razões sobre o doctus, o peritus e o sapiens” (HAMELINE, 1979, p. 202).”




PERITO




O sábio é um adjetivo empregado como um reconhecimento empírico ou impressão pessoal que algumas pessoas têm sobre alguém independente da formação intelectual da pessoa distinta por este reconhecimento. De todos os três títulos o maior é o de sábio, porque DOUTOR é um título dado pela universidade, PERITO é um título dado pelo Estado, mas sábio é um reconhecimento que alguém consegue junto a sua comunidade.

SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

Na aula 1 da disciplina universitária da Unimes de Santos, FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO, há um retrato esclarecedor sobre o tema DEFINIÇÃO E CONCEITO que bem me parece descobrir que melhor é usar a palavra ABRANGÊNCIA do que DEFINIÇÃO sobre o significado das coisas, e foi dado o seguinte argumento:







“Como primeira aula, um primeiro contato, seria interessante
iniciarmos por meio de um diálogo que possa esclarecer
alguns termos. Escolhemos os substantivos conceito
e abrangência para contrapor a um outro substantivo que é definição.
A palavra definir dá uma sensação de definitivo, que termina, que é final.
A busca do saber e o processo educativo são dinâmicos. Defini-los seria
engessá-los. Empobreceria a idéia de filosofia e de educação.
A palavra conceito parece-nos mais adequada para começarmos a dialogar.
Ela é mais geral, em que pese ser abstrata. Contudo, nos possibilita
agrupar e unificar alguns elementos.”