Os filósofos reconhecidos por deterem conhecimentos específicos são chamados na sociedade moderna de doutores e peritos. Quando alguém alcança um grau de conhecimento acadêmico ele é chamado de DOUTOR e quando alguém exerce uma função pública ou privada que o gabarita a ser entendido em um assunto ele é chamado de PERITO. O pensador Hameline questiona aqueles que detêm os três títulos com o seguinte discurso:
DOUTOR
“A realidade não é retilínea.
A ação na educação e formação do professor é ação humana
que ao mesmo tempo em que concentra também se dispersa.
“E a diferença de um e de outro caráter não é a ordem do mais
bem ou menos bem. A única imoralidade – mas que é, ainda, mais simplória
– é a idolatria do retilíneo” (HAMELINE, 1979, p. 201). É nessa ação contraditória,
real e concreta, que se dá a instrução, o conhecimento. É a ação que
“induz o ator a tornar-se ‘conhecedor’” (HAMELINE, 1979, p. 202).
O conhecedor, contudo, se apresenta em três modalidades: doctus, peritus
e sapiens. É a essas modalidades que se deve estar atento para que não
se caia na desmedida. “Portanto um risco de desmedida paira por várias
razões sobre o doctus, o peritus e o sapiens” (HAMELINE, 1979, p. 202).”
PERITO
O sábio é um adjetivo empregado como um reconhecimento empírico ou impressão pessoal que algumas pessoas têm sobre alguém independente da formação intelectual da pessoa distinta por este reconhecimento. De todos os três títulos o maior é o de sábio, porque DOUTOR é um título dado pela universidade, PERITO é um título dado pelo Estado, mas sábio é um reconhecimento que alguém consegue junto a sua comunidade.
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