quinta-feira, 17 de setembro de 2009

AS FILOSOFIAS DA EDUCAÇÃO

Nos estudo da filosofia da educação podemos identificar 5 perspectivas filosóficas sobre o direcionamento que pode ser dado a educação, sendo estas cinco perspectivas ministradas no curso de Filosofia da Educação como as que seguem abaixo, com um breve comentário sobre seus conceitos:

Perspectiva positivista

A educação positivista presta-se a divisões onde se estabelecem
áreas: exatas, humanas e biológicas, onde as “científicas”
são privilegiadas em detrimento das “humanas”.


Perspectiva histórico-social
Na perspectiva histórico-social, a educação é concebida
como processo individual e coletivo de constituição
de uma nova consciência social e de reconstituição
da sociedade pela rearticulação de suas relações
políticas. (SEVERINO, 1994, p. 35)


Perspectiva naturalista
O naturalismo também é, uma
Concepção filosófica que não admite a existência de
nada que seja exterior à natureza, reduzindo a realidade
ao mundo natural e a nossa experiência deste.
O naturalismo recusa, portanto, qualquer elemento
sobrenatural ou princípio transcendente. (JAPIASSU,
1996, p. 192)

Perspectiva Reconstrutivista
Os reconstrutivistas entendem que escola e os educadores devem eleger
planos de ação que possam reformar a sociedade. Para tanto, procuram
aplicar o príncípio Deweyano da “reconstrução da experiência”


Perspectiva essencialista
O homem, nessa perspectiva é um ser educável. Sua
essência é a racionalidade. Trata-se, portanto, de uma educação dirigida
ao espírito.
Podemos destacar como principais representantes desta filosofia educacional
os filósofos Platão (428-347 a.C.), Aristóteles (384-324 a.C.),
Agostinho, (354-430 d.C.) e Tomás de Aquino ( 1227-1274 d.C.).


FILÓSOFO ARISTÓTELES

CONTRA O NATURALISMO
Ao meu ver, das cinco perspectivas a que menos me atrai é a Naturalista, porque não enxergo desenvolvimento humano, sem o desenvolvimento moral e espiritual. Se cremos que a vida se resume somente nas coisas visíveis e conhecidas pelo tato, pelo laboratório, pelo tangível, somos os mais miseráveis seres existentes no universo. E se não existe nada além desta vida “visível” justificasse todos os crimes para suplantar o próximo e para conquistarmos nossas metas sem se importar com o próximo.

SOU ESSENCIALISTA

Não existe desenvolvimento humano, paz, solidariedade sem o devido preparo do homem como um ser completo, e o homem completo é aquele expresso nos ensinos aristotélicos, agostiniano e obviamente na doutrina cristã da TRICOTOMIA, ou seja, o homem é composto de três parte: “soma” (corpo), “psique” (alma) e “pneuma”(espírito).


O ESSENCIALISMO DE AGOSTINHO DE HIPONA

A educação perfeita visa preparar o homem fisicamente (corpo), psicologicamente (alma) e religiosamente(espírito). Portanto, no meu ponto de vista, jamais deveria ter saído do curriculum escolar às aulas de religião. É óbvio que sendo cristão fundamentalista, gostaria que a sociedade fosse regida pelo PENTATEUCO.

Mas sou coerente e vivendo em uma sociedade pluralista, poderíamos avançar para um consenso sobre o ensino de religião apenas no tocante aos fundamentos e princípios que são análogos a todos os credos. Isto quer dizer que; se na aula de religião fosse ensinado para os alunos que eles devem ser mais solidários com o próximo e menos egoísta, estaríamos em consenso com todos os credos.

A doutrina do castigo vindouro para os maus que de uma forma ou de outra existe em todas as religiões poderia ser ensinada de forma abrangente para mostrar aos alunos que suas más ações terão conseqüências, se não nesta vida, mas no além. Isto também está compatível com o cristianismo, espiritismo, islamismo, catolicismo e os demais “ismos”.

O RECONSTRUTIVISMO, POSITIVISMO E A PERSPECTIVA HISTÓRICO-SOCIAL

Possuem ideais que também podem ser aplicados simultaneamente com o essencialismo, pois mesmo havendo diferenças entre estas perspectivas filosóficas da educação, elas são compatíveis. A educação é como um computador, programas (software) compatíveis podem ser operados pelo mesmo sistema (hardware).